Tenho refletido nesses últimos dias a respeito daquilo que os Místicos chamavam de “Solidão Acompanhada”. Parece um tanto estranha a junção de duas realidades completamente diferentes, lados opostos, solidão e companhia...
Mas é isso mesmo! Em Deus, solidão e companhia se completam!
Sempre me pego lendo repetidas vezes o famoso poema ‘Solidão’ de Santa Faustina Kowalska, no qual a santa, audaciosamente diz encontrar nos momentos de Solidão a mais elevada companhia!
Quando falo de ‘Solidão’, desejo expressar o caráter sadio que essa realidade tem hoje e não aquele sentimento de solidão doentio, misturado com a inferioridade e a culpa! Como dizia Chico Buarque, “Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente”. Falo da solidão necessária a todo ser humano. Vivemos num mundo secularizado, barulhento demais, que sufoca a vida interior e nos retira de maneira covarde daquilo que somos de verdade!
As pessoas vivem infelizes e deprimidas porque perderam-se de si mesmas! O Mundo ocupado por tanto barulho, sufoca os valores do coração humano!
A realidade é que nos acostumamos tanto com o barulho pra esquecer dos problemas, das coisas que não estão resolvidas dentro de nós, que o silêncio tornou-se um bicho-papão nos dias de hoje!
As pessoas correm do silêncio da solidão, porque ele se mostra a nós como um grande espelho que nos faz enxergar a realidade da nossa vida em detalhes!
São Bento dizia que o silêncio é o mais sábio dos mestres, porque ensina sem falar!
Somente a Santa Solidão, fez com que os patriarcas, os profetas, de maneira especial, o profeta Elias, e todos os Grandes e Destacados Santos da Igreja, galgassem os montes, em busca de um profundo e adorante silêncio que os colocariam face a face com Deus!
O Silêncio é a graça que alimenta quem está começando a caminhar. Ele tem o dom de nos iluminar para que cresçamos de graça em graça, de virtude em virtude. E como dizia Sto. Antônio, o silêncio nos conduz do barulho dos vícios, do tumulto dos pensamentos à solidão, isto é, à quietude interior da mente. Aí então, torna-o perfeito, fala-lhe ao coração e ele sente a doçura da inspiração divina e pode elevar-se de corpo e alma à alegria do espírito.
Assim, dizemos com Santa Faustina: “Meus momentos prediletos são os de Solidão, mas sempre convosco Jesus, que é a mais alta e elevada Companhia.”
Fique com Jesus e com Maria!
Seu irmão,
Bruno Bressani
No silêncio percebemos claremente como estamos, onde estamos e até mesmo quem somos...Na dita SOLIDÃO ACOMPANHADA, nos privamos da companhia humana mas nos deixamos envolver plenamente da verdadeira companhia...nos permitimos estar acompanhados exclusivamente daquele que nos é fiel a todo instante nosso Amado Senhor Jesus Cristo...
ResponderExcluirDeus abençõe